O conceito de capital de giro é amplo e pode variar de acordo com a mentalidade de cada empreendedor, mas em geral a ideia é de que ele represente a quantia de dinheiro necessária para que o negócio sobreviva no mercado, realizando suas atividades comerciais normalmente.
Em outras palavras, para uma empresa continuar funcionando todos os dias e se manter competitiva, é necessário pensar a médio e longo prazo, planejando suas vendas de produtos e serviços com projeções realistas acerca do seu futuro.
Por isso, separamos 5 coisas que você precisa saber sobre o capital de giro e por que ele é tão importante para o seu negócio. Continue a leitura do conteúdo para conferir!
1. O que é capital de giro?
Também conhecido como capital de trabalho, o capital de giro representa os recursos necessários para que as operações da empresa continuem acontecendo, como receita para manter o estoque, pagamentos de fornecedores (matéria-prima e mercadorias para revenda), pagamento de impostos, despesas operacionais, salários, entre outros.
Como o próprio termo já diz, todas contas que movimentam ou giram o cotidiano da empresa, permitindo que ela não fique inadimplente, estão relacionadas ao capital de giro.
2. Como funciona?
Para entender o funcionamento, pense nos seguintes exemplos:
- qualquer empresa que venda a prazo precisa de capital para financiar as suas transações financeiras;
- qualquer empresa que tenha estoque de mercadorias ou de matéria-prima precisa de capital para financiá-lo.
Ou seja, basicamente, o negócio precisa aplicar os recursos obtidos por meio de suas vendas para continuar funcionando.
3. Qual é a sua importância para a empresa?
A manutenção do capital de giro é imprescindível para que o negócio sobreviva no mercado, principalmente em suas fases iniciais, pois dificilmente a lucratividade é alta o suficiente nesse momento para compensar despesas fixas como aluguel e salários, além dos encargos da empresa.
Tendo isso em vista, o capital de giro ajuda não somente a garantir a agilidade e liquidez do negócio, como também pode cobrir despesas imprevistas e impulsionar estratégias de expansão das atividades.
4. Como calcular o capital de giro?
Antes de mais nada, é preciso entender que não existe uma fórmula pronta para calcular o capital de giro. Isso pode variar de acordo com as necessidades de cada empreendimento, portanto, muitos especialistas têm meios diferentes para fazer esse cálculo.
Alguns dizem que é necessário reservar uma quantia mensalmente, dividindo a carga para que não ocorra um desequilíbrio nas despesas. Entretanto, diversas empresas têm o hábito de operar com um índice de lucratividade baixo, sofrendo até mesmo prejuízos durante alguns períodos, e passando por um grande aumento na lucratividade em outros.
Assim, a melhor forma de fazer o cálculo do capital de giro é analisar o passado e o futuro do negócio e de seus concorrentes. Obter esse tipo de informação é essencial para conhecer a forma como o mercado se comporta e facilitar o planejamento. Por exemplo, se o primeiro semestre é lucrativo, o capital de giro deve ser extraído desse período para compensar o próximo semestre.
Sobretudo, micro, pequenos e médios empreendedores devem preservar a mentalidade conservadora, já que esses negócios têm mais dificuldade para se manter no mercado. O recomendado é que o capital de giro seja capaz de cobrir aproximadamente 70% dos custos operacionais dos próximos seis meses, e em média 50% dos seis meses seguintes.
5. Como ampliar?
Se a empresa observar que as suas obrigações e despesas estão em dia e, mesmo ao olhar para o futuro, os meses posteriores apresentam projeções positivas, então o capital de giro já está formando e é hora de pensar em ampliá-lo.
Lembrando que empresas novas no mercado dificilmente conseguem realizar manobras desse tipo. Por isso, esse passo só deve ser dado para empreendimentos que já atingiram a fase da maturidade. Ou seja, que já têm pelo menos três anos de funcionamento, uma base de clientes fidelizados e estabilidade financeira.
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